Google Shopping vai eliminar taxas para concorrer com a Amazon
Aumento do e-commerce na pandemia faz gigante de buscas aprofundar disputa por marketplaces

O Google deu início, no final de julho, a uma briga que deve render bons frutos para os consumidores.
Com o objetivo de se tornar a plataforma mais utilizada por quem faz compras online, a empresa disse que irá eliminar as taxas cobradas dos vendedores no Google Shopping, de modo a permitir que os usuários adquiram os produtos diretamente pela plataforma.
Antes dessa iniciativa, os varejistas pagavam comissões de até 12% caso a compra fosse feita diretamente pelo Google. Além disso, os comerciantes tinham de comprar anúncios para listar seus produtos no indexador - o que também não será mais necessário.
O caráter das mudanças mostra que a companhia está tentando aproveitar o boom do e-commerce causado pela pandemia de Covid-19 para disputar mercado com a rival de Seattle.
Uma das transformações é que agora será possível utilizar filtros de busca que priorizem comércios pequenos e locais, disse Bill Ready, presidente do Google Commerce, à agência Bloomberg.
Outra novidade é que o upload de produtos para a plataforma poderá ser feito no mesmo formato exigido pela Amazon, o que deve facilitar a venda nos dois marketplaces.
A jogada do Google também ajuda a equilibrar a disputa em um momento em que muitos vendedores estão reclamando do excesso de taxas cobradas pela Amazon, que embolsa até 40% de cada dólar gerado por vendas de terceiros.
Apesar de ser o maior mecanismo de busca na internet do planeta, apenas 22% das procuras de compras começam no Google.
Ao mesmo tempo, quase metade dos norte-americanos iniciam o processo diretamente no site da Amazon, de acordo com um levantamento feito em 2019 pela CivicScience.
A Amazon também está muito à frente no negócio de marketplaces, com 3 milhões de vendedores ativos em sua plataforma. Já o Google tem cerca de 3,7 mil lojas, segundo pesquisa da Marketplace Pulse.
Até quando essa discrepância se manterá? A conferir.