Engajamento orgânico em alta nas redes sociais

Crescimento no Brasil foi de 200% com a quarentena, segundo a plataforma Socialbakers

Engajamento orgânico em alta nas redes sociais

O uso das redes sociais vem se transformando em tempos de pandemia. Com o isolamento social, as pessoas aumentaram o uso dos aplicativos como instrumento para cultivar suas relações à distância. Celebridades, artistas e influencers estão recorrendo às lives para manter a exposição, ao mesmo tempo em que buscam entreter os usuários que estão em casa.

Os números falam por si: ao longo de março, quando a quarentena se tornou uma medida global, o Facebook teve uma alta de mais de 50% na troca de mensagens privadas.

Já o Instagram viu o número de transmissões ao vivo subir 70%, enquanto a utilização do WhatsApp teve uma alta de 40%. Os serviços de streaming também não ficaram de fora: Amazon Prime Video e Netflix tiveram um uso 20% maior no mesmo mês.

Antes da pandemia, o engajamento orgânico vinha em queda, com uma preponderância cada vez maior dos anúncios pagos nas estratégias de divulgação das marcas. A diminuição da atividade econômica, porém, causou reduções nas verbas de publicidade, o que contribuiu decisivamente para a mudança.

Um dos reflexos desse cenário é o crescimento do engajamento orgânico. No Brasil, ele cresceu até 200% no Facebook e no Instagram, disse Alexandra Avelar, country manager da Socialbakers no país, ao Meio&Mensagem em maio. Essa tendência foi corroborada por uma pesquisa divulgada no mês passado pela plataforma.

Segundo o levantamento, a interação em posts orgânicos nas páginas das 50 maiores marcas no Facebook cresceu 108% no primeiro trimestre deste ano, tendo mais que dobrado na comparação com o período anterior.

A plataforma teve nas transmissões ao vivo o formato com maior engajamento, com uma média de 31 interações por live, contra 15 dos vídeos e 17 das imagens.

No Instagram, o formato com maior engajamento no período foi o de posts-carrossel, com uma média de 135 interações cada, mantendo uma liderança consolidada em relação a vídeos e imagens isoladas. A rede também seguiu na liderança em termos de audiência, 28% maior do que no Facebook entre as 50 maiores marcas.

O Instagram mantém ainda um total de interações 16 vezes maior no que no Facebook. No entanto, mais conteúdo é publicado no Facebook: quase 60% das postagens dos 50 maiores perfis de marcas foram veiculadas nesta rede social.

A virada de chave pode ser uma oportunidade para disputar espaço com menos investimentos na compra de anúncios. Ter uma presença orgânica nas redes sociais requer, porém, que as empresas compreendam muito bem sua base de clientes, interagindo permanentemente com ela para ouvir suas necessidades.

"O engajamento orgânico é muito mais genuíno, e por isso seus números refletem um resultado mais fiel sobre quem acompanha sua marca e consome seus produtos", explica Guilherme Constant, Diretor de Criação da Visia. "É super importante utilizá-los para medir se o público está conseguindo assimilar o propósito da sua marca e se a comunicação está sendo efetiva".

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